Existem muitas causas para o atraso na fala de uma criança ou que ela fale pouco e de maneira incorreta ou desorganizada.
Entre os motivos, podemos citar a presença de patologias como a surdez, algumas síndromes, autismo, apraxia da fala ou falta de estímulos ambientais favoráveis.
Há alguns anos, já vivíamos um período em que as crianças vinham apresentando atraso na fala e transtornos de comportamentos associados ao uso excessivo de telas, problema este que já chamava atenção da sociedade brasileira de pediatria.
Porém, isso se agravou ainda mais com o surgimento da pandemia da COVID-19, que intensificou essa exposição aliada ao declínio do convívio social.
Assim, sem dúvida, isso gerou um aumento dos casos de atraso na fala, bem como o comprometimento de outras habilidades e comportamentos socioemocionais de nossas crianças. E o que pode ser feito para resolver essa questão? Confira!
O que fazer em casos de atraso na fala da criança?
É sabido que toda a classe médica tem voltado atenções à primeira infância, uma vez que já é notória a importância deste período para o desenvolvimento das capacidades cerebrais e é quando acontecem milhares de novas conexões no cérebro de forma extremamente rápida.
Entretanto, para que isso aconteça, a qualidade das informações e estímulos aos quais essa criança está sendo exposta desde a mais tenra idade faz total diferença.
Sendo assim, ao notarmos que algo não está acontecendo dentro do período esperado para cada faixa etária, como um atraso na fala, é imprescindível que se busque ajuda profissional.
O diagnóstico precoce é o segredo para um melhor prognóstico em todos os casos, desde uma perda de audição até um atraso por falta de estímulos ambientais adequados.
É correto afirmar que cada criança tem seu tempo, porém, esse tempo não pode exceder muito ao que se é esperado para cada faixa de idade.
Por esse motivo é que temos os marcos do desenvolvimento, que nos servem de guia para identificarmos se a criança apresenta atraso na fala, por exemplo.
Aquisição fonêmica e desenvolvimento por faixa etária
Desde bebezinho é importante que os pais estejam atentos aos sinais que a criança apresenta na tentativa de se comunicar. Assim:
- É necessário que o bebê interaja com a mãe, olhe em seus olhos, busque sua atenção, se acalme ao ouvir vozes familiares, apresente gestos expressivos, como dar tchau, apontar, mandar beijos etc. Esses são sinais que antecedem a fala e que são extremamente importantes que aconteçam;
- Aos poucos esse bebê começará a imitar sons vocálicos, onomatopeias e brincar cada vez mais com sua própria voz;
- Por volta dos 12 meses iniciam as primeiras palavras;
- Aos 18 meses existe um grande salto em seu vocabulário;
- Na média dos 2 anos espera-se que comece a junção de duas palavrinhas na iniciativa de formar pequenas frases;
- Aos 3 anos a criança já é capaz de ser compreendida por pessoas que não fazem parte de seu ciclo de convívio, apesar de ainda poder apresentar algumas trocas fonêmicas.
A seguir, confira o quadro de aquisição fonêmica e o que é esperado em cada faixa etária, para que os pais possam detectar se há um atraso na fala da criança ou não:
Desse modo, se o seu filho apresenta atraso na fala, está muito distante do que é esperado para sua idade, não tem iniciativa em se comunicar ou você percebe que algo não vai bem, é importante que faça uma consulta para uma avaliação fonoaudiológica.
Com isso, você receberá orientação adequada, uma vez que o diagnóstico precoce nos casos de atraso na fala é fundamental, evitando futuros problemas escolares, sociais e/ou emocionais.
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